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Miguel Vieira

"Portugal não é um país de tradição de moda”

Muito metódico e perfecionista, Miguel Vieira dá a conhecer as suas true colours à revista TRENDS. O estilista dos sete ofícios é hoje um homem que carrega o peito ilustre lusitano, embora admita as falhas que o entristecem num Portugal que persiste em não valorizar a moda e os seus profissionais. Miguel afirma que, sem apoios financeiros, os designers de moda fazem "omeletas sem ovos”, e que a representação das marcas portuguesas no exterior é quase nula. Envolvido numa conversa emotiva, o estilista partilha a sua longa carreira de 35 anos, à mistura com pontos de vista nus e crus sobre a realidade da moda em Portugal e no mundo. Uma história recheada de trabalho e sacrifício, a ler nas próximas linhas. 


Em três adjetivos, como caracteriza o Miguel Vieira de hoje?

Acho que sou bom amigo, perfecionista e um homem muito metódico.

Conte-nos sobre o surgimento da paixão pela moda.
Surgiu do nada, completamente. Geralmente, a maior parte dos designers brincava com bonecas e tal, mas eu era um miúdo que não ligava muito à moda, que vestia o que a mãe obrigava. Andava sempre de calções. Durante bastante tempo foi assim. Entretanto, resolvi tirar um curso de Controlo e Qualidade, que permitia várias especializações. Escolhi a vertente têxtil. Ao mesmo tempo, como tinha um certo jeito para desenhar prédios, pensava em seguir Arquitetura. Para mim, desenhar e falar estavam muito próximos. Muitas vezes, até se tornava mais fácil comunicar a desenhar do que propriamente a verbalizar. Depois, fui convidado a trabalhar numa empresa de confeção para tratar, sobretudo, da parte do controlo e qualidade, mas foi aí que surgiu o gosto pela moda e, um ou dois anos mais tarde, lancei a Miguel Vieira. 

Desenvolve, então, a Miguel Vieira em 1988. Como caracteriza o ADN da marca?
Ao longo dos tempos, tentei encontrar alguns detalhes que muito rápida e facilmente permitissem a identificação com a Miguel Vieira. Um dos primeiros pormenores foi a assinatura, em que está explícito o nome da marca. Depois, consegui criar um logótipo, em forma de duas asas, que se associa de imediato à Miguel Vieira. Outro detalhe foi a escolha de uma cor, nomeadamente, o preto. São os tais pormenores que lentamente se vão construindo para que, mais cedo ou mais tarde, se saiba identificar perfeitamente a marca. Um detalhe típico da Miguel Vieira é que, em todos os desfiles, os modelos exibem uma aliança. Um pormenor que é muito simpático para os manequins. Trata-se de um casamento entre o modelo e a marca, apresentando-o como membro da equipa.

Sente que o surgimento da pandemia representou um período preponderante na evolução da marca de luxo?
Para mim, representou um momento maravilhoso da minha vida, porque consegui descansar, algo que já não fazia há muito. Consegui parar e ter tempo para mim. Aproveitei para pensar e repensar em termos de marca. Se vendi muito? Não, não vendi. Muita gente diz o contrário, que vendeu bastante. Eu, pessoalmente, não vejo quem queira comprar um fato para estar em casa, um salto alto para andar em casa... 
Portanto, a vertente financeira e de vendas, durante a pandemia, foi bastante complicada. Deu foi para repensar, nomeadamente, na vertente do online. Fui a primeira pessoa a ter um site e uma app em Portugal. Entretanto, fui convidado muitas vezes a fazer vendas online, mas nunca as fiz, porque não queria melindrar os meus clientes de lojas de rua. Portanto, a pandemia foi o momento em que investi no online, já que os meus próprios clientes também começavam a apostar nisso.  

Como descreve o seu processo criativo, da ideia à criação?
É um processo abrangente, de muitos meses. São seis meses que, muitas vezes, transbordam para um ou dois anos, isto porque sou um bom observador. Acumulo muitas fotografias na minha mente, tanto de viagens e pessoas que vejo, como da mesa colocada no restaurante. São fotografias que vão ficando. E, quando chega a altura de pensar num tema para desenvolver a nova coleção, vou passando as informações para o papel, fazendo um briefing com toda a equipa para nos focarmos no tema. Imaginemos, agora, que o conteúdo da coleção tem que ver com um determinado filme. Eu faço com que a minha equipa vá para bibliotecas procurar a biografia das pessoas, pesquise na Internet e vá ao cinema ver o filme. Tudo para reter o maior número de detalhes e desenvolver a coleção. Com muita antecedência é feita a seleção de matérias-primas, entre as quais 99% são italianas. Vou a uma feira muito restrita, onde se encontra o topo dos tecidos das marcas internacionais, como Loro Piana, Zegna, entre outras... Para terem uma ideia, já fiz essas compras para 2024. Depois, há, ainda, o processo de organizar os moldes, arranjar as silhuetas, etc. Em último, está o procedimento de montar um desfile. 

Quais são os materiais com que mais gosta de trabalhar?
Utiliza matéria-prima nacional?1% dos materiais que uso são portugueses. Muito poucos. Uso lanifícios portugueses, mas, ao longo do tempo, muitos deles têm desaparecido. Estou muito habituado a trabalhar com as marcas de tecidos que anteriormente mencionei. Eu gosto de materiais de boa qualidade. Faz a diferença, porque o costurar é diferente, a maneira de montar um sapato é diferente... Por isso, tento não me desviar desse rumo e nunca baixar a qualidade em termos de matérias-primas. 

A sua marca destina-se a todo o tipo de pessoas e tamanhos?
Sim, a coleção é feita no tamanho standard para manequins. É o 48 para homem e o 36 para mulher, em termos de passerelle. Acho que o desfile é um espetáculo e, como tal, as pessoas querem ver modelos elegantes e magros. Não sou contra pessoas mais fortes, no entanto, gosto mais de trabalhar desta forma. Obviamente que cada peça é escalada até ao número máximo. A roupa, por exemplo, é até ao 60 e os sapatos até ao 46.

 "... é muito complicado fazer uma coleção dos pés à cabeça 100% sustentável” 

Atualmente, fala-se muito sobre sustentabilidade na moda. Já faz dela uma máxima?
Fiz parte da elaboração do Programa do Governo, na vertente da sustentabilidade, há dois mandatos. Sempre dei muita importância à sustentabilidade. 

Que novidades sustentáveis podemos esperar da Miguel Vieira?
Cada vez mais, tenho encontrado produtos no estrangeiro que reúnem várias características amigas do ambiente. Entre um produto sustentável e outro não sustentável, escolho sempre o lado da sustentabilidade. Agora, é muito complicado fazer uma coleção dos pés à cabeça 100% sustentável.

Então, ainda é um desafio a sustentabilidade?
Sim, é um desafio. Não há assim tanta oferta nesse sentido. Um determinado produto sustentável pode existir, mas não há a quantidade necessária de fornecedores para dar resposta. Eu quero atacadores de sapatos sustentáveis e vejo a situação complicada para os conseguir arranjar. O mesmo para um fecho, botão, forro de um casaco... Há coisas difíceis de obter. Mas, sim, a equipa do meu atelier está formatada para que tudo seja cada vez mais sustentável. 

Onde encontra as fontes de inspiração?
A falar consigo, a falar com o cameraman, a jantar com amigos, a viajar... Passo muito tempo fora. Todas as fontes de inspiração são importantes. Muitas vezes, estar sentado num banco de jardim, a observar as pessoas que passam, inspira-me. É estar a ver e a aprender a moda de rua, que é muito importante. Depois, transformo-a em algo mais luxuoso, através dos seus detalhes.

Foi capaz de dizer "não” à Prada e a outras marcas de luxo. Alguma vez se arrependeu dos sacrifícios que fez para concretizar o sonho de criar a sua própria marca?
Não me arrependi, mas posso dizer que é um percurso muito árduo. Todas as profissões são complicadas. Um médico, para chegar ao estatuto de médico, teve de fazer muitos sacrifícios, estudando durante muitos anos. Aqui, no mundo da moda, é igual. 
Em Portugal, as fábricas trabalham, muitas vezes, quase a 100% para fora. Fazem uma coleção e vão para o exterior, não para vender o seu próprio produto, mas para outras marcas irem ao seu encontro, dizendo o que gostam ou não, para depois a fábrica remover a sua etiqueta e fabricar as peças que a marca em questão ditar. Esse nunca foi o meu objetivo. Se tivesse seguido esse caminho, a esta hora teria muitos carros e muitas casas, à semelhança de muitos industriais. Sempre achei muito importante que Portugal, não sendo um país de tradição de moda, tivesse pessoas que pudessem embelezar o país com as suas próprias criações. Quando apresento as minhas coleções numa feira internacional e chega uma marca de primeira linha a apontar as peças de que mais gosta, pedindo para tirar a etiqueta Miguel Vieira e colocar a sua, eu simplesmente digo "pela porta que entrou é pela porta que pode sair”. Portanto, se tivesse seguido outro caminho poderia ser milionário, mas, hoje, sou feliz com aquilo que faço, com a minha marca. Ainda falta muito para atingir todos os meus objetivos, mas acho que, a curto prazo, as coisas poderão dar um salto grande.

Qual foi o momento em que deu conta de que, não só a marca, mas o seu nome começou a crescer?
Ao contrário do que todas as pessoas pensam, eu não comecei por produzir sapatos. Iniciei com uma coleção de roupa de mulher e, bem mais tarde, é que lancei sapatos. Fiz várias coleções e, só depois, organizei os desfiles. Passo a explicar o motivo: por exemplo, não faria sentido se a Prada fizesse um desfile em que os modelos usassem carteiras da Gucci, sapatos da Louis Vuitton, cintos da Brioni e maquilhagem da Chanel. Portanto, tem lógica que a Prada, no seu próprio desfile, tenha a mulher e o homem vestidos da marca dos pés à cabeça. Esse foi sempre o meu objetivo, vestir o manequim com os óculos da minha própria marca, o mesmo em relação às joias, sapatos, cintos, malas... Daí que tenha tido um período não de celibato, mas um tempo destinado à organização das coleções, no sentido de poder apresentar um look completo. Quer a pessoa goste ou não, é tudo produto Miguel Vieira, e considero que o pulo é dado quando se começam a fazer desfiles. 
A partir do sucesso dos meus desfiles, as coisas começaram a evoluir, ainda em Portugal. As pessoas começaram a gostar, a associar a marca ao meu nome, começando também a surgir convites para muitos eventos. E, depois, há um percurso que mais se parece a um deserto, porque nunca mais acaba. Temos muitas pessoas no país, de várias áreas, que se acham superestrelas, mas são apenas estrelas em Portugal, onde somos 9 ou 10 milhões de habitantes. Essas pessoas, depois, chegam a Vigo e ninguém sabe quem são. Portanto, fazer um trajeto em Portugal não é complicado, difícil, sim, é chegar a uma Fashion Week em Paris ou Nova Iorque e ser entrevistado pelas grandes revistas internacionais. Ser reconhecido lá fora é complicado e, para mim, ter visibilidade também implica que seja não só em Portugal, mas também em espaços internacionais. 

Quais são os requisitos que um designer de moda deve reunir para conquistar o espaço internacional?
Em primeiro lugar, existe uma nova geração e eu, de facto, não tive acesso a ela. É uma geração que tem Instagram, Facebook, Tiktok e mil e uma coisas que, na altura em que eu comecei, não tinha. Hoje, está tudo à distância de um clique e as coisas são muito mais fáceis. No entanto, trata-se de uma nova geração que acha que tudo é possível quando se clica numa aplicação. Muitas das vezes, as pessoas devem abdicar do telemóvel ou do computador porque, quando estamos numa marca de costura, e há uma linha que tem de fazer um percurso gigante, temos de estar preparados para que ela parta e, aí, não será uma aplicação que a vai fazer percorrer o caminho até à agulha. Acho que há uma nova geração que pensa que, para se ser designer ou criador de moda, basta um computador que torna tudo fácil. Também temos de pegar numa tesoura e cortar, de saber improvisar situações inesperadas... e há pessoas que não o sabem fazer. Dou muito valor a essa parte mais prática de fazer as coisas.

"Não temos marcas portuguesas a representar lá fora”
O que é a moda, para si?
A moda é um código, em que as pessoas estão na sociedade sem falarem umas com as outras e sem se introduzirem e, mesmo assim, pertencem a um grupo. Portanto, a moda é um encaixar num tipo de grupo, comunicar sem verbalizar e, ainda assim, perceber de que tipo de grupo é que se faz parte. 

O que nós vestimos diz muito sobre nós.
Nós temos duas coisas: o bilhete de identidade, que diz a nossa altura, o nosso peso, etc. E, depois, o nosso segundo bilhete de identidade, que é uma maneira de nos mostrarmos às pessoas e darmos a conhecer o nosso ADN. 

Como caracteriza a saúde do setor, atualmente, em Portugal?
A saúde da moda está bem, só que tenho muita pena. Portugal não é um país de tradição de moda, à semelhança de Paris ou Milão. É um país que faz roupa para outras marcas e não para as suas próprias marcas. Não temos marcas portuguesas a representar lá fora e, cada vez mais, existe a ideia de reduzir financeiramente os designers de moda. Nós não queremos fazer milhões de peças. Aliás, somos um bom cartão de visita de Portugal para os outros países, permitindo que percebam que em território luso se faz boa moda. Fico com pena que os industriais não facilitem a vida dos designers. Quando um novo criador começa a trabalhar, é normal que queira fazer meia dúzia de peças, mas a indústria dificulta, porque a quantidade é exigida. Penso que algumas empresas deveriam optar por trabalhar com pequenas séries e designers, em que o custo de peça não é 1€, mas 50€, do que estarem a produzir lá para fora e venderem as peças a 1€. 
Outro grande problema é a parte governamental, que não dá apoio aos designers. O governo acha que somos egocêntricos e que olhamos só para nós. Pensam que queremos a roupa só para nós, mas queremos é roupa para promover o país. Devíamos ser altamente subsidiados. Se as indústrias têxtil, de calçado e de marroquinaria estão com muito trabalho, deve-se aos designers portugueses, que têm feito uma carreira com o intuito de mostrar que em Portugal se faz boa moda. Mas nós ganhamos tostões, eles ganham milhões.  

Considera que a relação dos homens com as tendências e a moda ainda é significativamente diferente em comparação à das mulheres?
Não, pelo contrário. O homem está impossível, muito vaidoso. Há um grande mercado, que tem vindo a aumentar, de homens a investirem em peças de roupa com qualidade, desde acessórios a marroquinaria. O público masculino, hoje, compra muito. 

Acha que a moda ainda carece de apoios por parte do país?
Há pouquíssimos apoios e é tudo dado e pensado como se fosse uma esmola. Nós, portugueses, conseguimos fazer muitas vezes "omeletas sem ovos” e as pessoas ligadas ao governo não imaginam a nossa dificuldade. Todos os designers são maravilhosos em Portugal. Temos uma capacidade inacreditável de interpretar e reinventar. Se precisarmos de fazer uma mesa, somos capazes de ir a um caixote do lixo e encontrar umas tábuas ou um bocado de cartão e montarmos, definitivamente, a mesa. Já os americanos não conseguem, visto que precisam de um computador e de uma aplicação para o fazerem. Não somos valorizados nem apoiados em termos governamentais, e falo na generalidade. Eu não me posso queixar, fui Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, tenho dois Globos de Ouro, vários prémios e medalhas, mas queixo-me, sim, dos apoios governamentais. Tenho muita pena.  

Foram muitos os episódios em que empresas falsificaram Miguel Vieira, havendo a acrescente de se tornar difícil distinguir dos produtos originais. Foi, por isso, o primeiro português a incorporar um holograma de prata com chumbo nas peças, para mostrar a sua veracidade. Acha que, de certa forma, estas situações espelham a insuficiência de fiscalização no país?
Há outros países piores, mas, infelizmente, somos alvo de muita falsificação. Para combater isto, há alguns anos, optamos por um holograma. Cada uma das peças tem uma numeração, o que significa que podemos quase ter um BI da peça. Mas em Istambul, por exemplo, é muito mais significativo. O maior problema em Portugal é que somos diariamente falsificados. Já aconteceu falsificarem meias e, por acaso, era um produto que a Miguel Vieira nem tinha. A logística de todo este processo é complicada. Temos de ter uma estrutura interna só para poder tratar desses assuntos, alguém que conheça e saiba distinguir aquilo que é verdadeiro do que não é. O problema não está só em Portugal, aliás o nosso país até está muito avançado nesse sentido, o mais complicado é a logística.

Como prevê que seja o futuro da moda?
Gostava que houvesse muitos designers de moda, muitas costureiras, muitas pessoas a trabalharem em sapatos, tudo para que possamos fazer uma tradição de moda em Portugal. Conseguir, sobretudo, exportar vários designers em termos internacionais, como faz  Espanha. Cá, já se fizeram investimentos, sim, mas teriam de ser investimentos muito maiores. Penso que o governo tem de perceber isso.

"Não temos marcas portuguesas a representar lá fora”

De todos os desfiles pelo mundo fora, qual foi o mais marcante?
Foram, essencialmente, dois. Um deles foi na São Paulo Fashion Week, no Brasil. Não sendo a maior Fashion Week, é muito bem organizada. Quando se chega a São Paulo, nessa altura, respira-se moda. Um mês antes do desfile, recebo empresas de massagens, para cuidar dos manequins no backstage, e bastantes empresas a mandarem currículos porque querem oferecer o catering no backstage... Portanto, é uma Fashion Week muito simpática.
Já a Fashion Week que mais prazer me deu, embora já tenha feito em muitos sítios, como Paris, Praga, Istambul, Nova Iorque, Barcelona, Moçambique e Madrid, foi a Milão Fashion Week. Foi sempre o que eu desejei. É um evento muito fechado, onde só estão presentes marcas italianas, não havendo lugar para designers de outros países. E, de facto, nós conseguimos entrar para o calendário oficial. Os únicos. Foi um dos maiores orgulhos que eu tive até hoje. 

Ainda recorda aquilo que sentiu no primeiro desfile da Miguel Vieira?
Sei que trabalhei muito para o desfile, e lembro-me de ser tudo muito rápido. As pessoas acham sempre que os desfiles demoram meia hora, mas não. Normalmente, têm duração de 10 minutos. O local era muito bonito, no Museu da Eletricidade em Lisboa. Foi um desfile só meu, em que convidei as pessoas, tratei dos manequins...  

Então, são seis meses de trabalho para 10 minutos.
Sim, costumo dizer isso muitas vezes. 

Na "hora H”, sente-se nervoso?
Sempre. No dia em que não me sentir nervoso antes de um desfile, acho que mudo de profissão. É algo que faz parte do meu trabalho. 

"Não somos valorizados nem apoiados em termos governamentais”

Um sonho por concretizar…
Algo que já falo há muitos anos é o sonho de ter um hotel, toda a minha vida quis. Sempre disse que preferia ter um hotel a ter lojas. Porquê um hotel? Porque poderia explorar o empreendimento em si, a vertente da decoração, as fardas dos funcionários, escolher a música de que gosto, decorar uma boa mesa e incluir um espaço para a loja Miguel Vieira. Era esse o objetivo, e depois ter hotéis a nível internacional. 

Qual é a peça highlight da Miguel Vieira?
Penso que é o corte e o molde exímio de um casaco Miguel Vieira. 

Três peças que não podem faltar no guarda-roupa feminino e no masculino.
No guarda-roupa feminino, um smoking, um vestido longo e um fato de banho. Já no masculino, um fraque para casamentos, um smoking e uma camisa branca. 

Que conselhos daria ao "sangue novo” que dá agora os primeiros passos no mundo da moda?
Em primeiro lugar, que pudessem, por algumas horas, arregaçar as mangas e tocar nas coisas, esquecendo os telemóveis. E, em segundo lugar, terem os pés bem assentes na terra e não se iludirem com a fama, é tudo muito efémero, não vale a pena.
https://www.youtube.com/watch?v=7sz4Sz7AG9A
Joana Rebelo
T. Joana Rebelo
F. Igor Martins

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