No futuro, o funcional prevalecerá sobre o estético?
A funcionalidade é fundamental para todos os meus projetos, até porque um espaço precisa de funcionar para ser habitável. Mas isto, claro, equilibrado com momentos de beleza e drama que criam interesse visual, emoção e vigor. Estes detalhes são, em última análise, o que torna um espaço acolhedor, apelativo e visualmente atrativo. A vida seria bastante entediante sem eles. Por isso, não, não creio que a funcionalidade prevaleça inteiramente sobre a estética, precisam é de conviver de forma perfeita e sofisticada.
Revele-nos qual é a sua coleção predileta.
É impossível escolher uma, porque gosto de todas, mas estou muito entusiasmado com a próxima coleção. Acabamos de apresentar as coleções de 2023, com a primeira exposição na Maison&Objet, em Paris. Muitas das novas cerâmicas foram inspiradas pela interseção de arte, moda e música, que emergiram das ‘underground club scenes’, das décadas de 70 e 80. Já a coleção Debbie, de recipientes cravejados, presta homenagem à lendária frontwoman Debbie Harry. Colocando iconografia punk sobre formas elegantes, estes vasos, tigelas e floreiras são cravejados com brilhantes, tachas em ouro ou prata e vidrados a preto, branco ou verde-salva, combinando energia rock and roll e o estilo rebelde downtown.
Quais os projetos traçados para um futuro próximo?
Estou ansioso por lançar a coleção Debbie, juntamente com as outras peças divulgadas na Maison&Objet. Há muito tempo que queria conceber uma coleção de iluminação, por isso, estou entusiasmado por me encontrar a trabalhar nesta ambição. Estamos também a investir em vários projetos internacionais de interiores, inclusive numa casa em Oklahoma e numa townhouse em Nova Iorque. O primeiro projeto na Tasmânia, Austrália, também está a emergir.
Considera-se um ‘rebelde sem pausa’?
No sentido em que nunca deixo de ultrapassar limites através do meu trabalho, sempre com muita energia, diria que sim!