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Marcel Wanders

"Fazer só algo bonito não me faz feliz”

Sorridente e bem-disposto, assim o caracterizamos. É um dos designers mais acarinhados do mundo. Marcel Wanders nasceu na Holanda. Ao longo da sua carreira, desenhou e idealizou peças que ficarão na história do que melhor se fez no design contemporâneo. Durante a entrevista à TRENDS, falou do seu percurso, da sua paixão pelo design, da inspiração, da sofisticação do pensamento, da sua filosofia de vida e da marca Moooi, o seu mais recente projeto. Marcel procura, com a sua criatividade, criar coisas que ainda não tenham sido feitas. É, por certo, um ícone do design internacional. Pelas suas mãos, já passaram milhares de projetos. E acreditamos que não ficará por aqui, pois este ser criativo tem tanto para desvendar ainda. Aos 60 anos, diríamos que se sente realizado e com vontade de continuar a surpreender o mundo, porque ele continuará na busca por criar a grande peça que falta criar.  
Capeline Lamp
Quando surge a paixão pela área do design, pelo design de produtos e pela arquitetura? 
Desde muito novo que gosto de fazer coisas. E estou sempre a ver filmes sobre como as coisas são feitas. Criar algo a partir do nada é algo que adoro. Com o passar do tempo, tornei-me um pouco mais ambicioso na minha paixão por fazer coisas. Por isso, a dada altura, quis criar, fazer coisas que me surpreendessem e surpreendessem os outros. Quero fazer coisas que não tenham sido feitas antes. Para mim, fazer só algo bonito não me faz feliz. Sinto-me mais feliz com os projetos que nunca foram feitos antes. Claro que algumas coisas nunca foram feitas antes e outras são menos inovadoras, mas, para mim, é aí que reside a paixão. 

Fundou o Marcel Wanders Studio há muitos anos. Mas, no ano passado, anunciou que iria ‘encerrar’ indefinidamente este projeto na sua vida. Um ano depois, ainda defende essa decisão?
Mantenho-me firme. Às vezes, é mal interpretada, as pessoas pensam que estou a recuar ou que quero fazer menos. Pelo contrário, quero fazer muita coisa, mas quero fazer sozinho, por isso, tenho de rejeitar trabalhos que exigem um estúdio maior. Mas estou a trabalhar arduamente e com prazer. No Marcel Wanders Studio, tínhamos entre 60 a 80 criativos brilhantes, de todo o mundo. Eles não vinham para Amesterdão em busca de um emprego ou por causa do bom tempo. Eles deixavam a família e os amigos porque queriam trabalhar comigo a um nível que, sozinhos, não conseguiriam alcançar. Eu posso levá-los a um nível em que se superam a si próprios. É essa a promessa que fazemos uns aos outros. Trabalham comigo, e eu elevo-os a este nível. Mas é uma tarefa difícil e eu não quero continuar a fazê-la. Não sou de fazer a mesma coisa por muito tempo. Quero fazer projetos que nunca fiz antes, projetos que me vão surpreender. Para surpreender o mundo, primeiro, tenho de me surpreender a mim próprio. 

Então, o seu objetivo é ter espaço para a criatividade e não trabalhar apenas nos pedidos dos seus clientes?
Eu adorei os meus clientes e eles deram-me oportunidades fantásticas para trabalhar em coisas espetaculares. Mas também sinto que não preciso de clientes para criar. Há alguns para os quais gosto mesmo de trabalhar e, depois, há muitas coisas que posso fazer sem clientes. Tenho as minhas próprias atividades a decorrer. São fantásticas e também precisam de mim, do mesmo modo que eu preciso delas. E também sinto que fiz a escolha certa, porque sei que as pessoas do meu estúdio encontraram o seu caminho. Encerrámos o projeto do estúdio em abril deste ano. Convidei todas as pessoas do estúdio a virem a Milão, para que todos vissem que todos tinham encontrado o seu lugar, que todos estavam felizes novamente. As pessoas encontraram novos estúdios ou criaram os seus próprios estúdios. 

Ao longo dos anos, foi convidado várias vezes para criar verdadeiras obras de arte. Sente-se orgulhoso por ter conquistado este patamar de excelência no mundo do design?
Estou muito feliz, não só pelas peças que fiz, mas também pela forma como muitas das peças conseguiram provar, explicar e transmitir a minha filosofia. Há muita reflexão que vai para além dos objetos e dos espaços que criei. Orgulho-me dos produtos e interiores, mas mais ainda da sofisticação do pensamento, da minha filosofia e da mudança cultural que fui capaz de inventar e promover ao longo dos anos. 

Enquanto designer, o que é que mais gosta de desenhar? 
A verdadeira emoção nos produtos sente-se quando se consegue fazer algo que ainda não foi feito. Por exemplo, uma cadeira não é, per se, interessante, mas uma cadeira que não tenha sido feita é interessante. Não estou interessado no tema, mas sim na expressão de uma ideia. Se houver uma ideia merece a minha atenção, o meu trabalho é encontrá-la. 

"Criar algo a partir do nada é algo que adoro”
Knotted Chair
Já trabalhou com grandes marcas, como Louis Vuitton, Audi, Fendi, Flos, Vista Alegre, Vondom, entre outras. É uma responsabilidade muito grande criar algo para marcas tão prestigiadas? 
Sim, tal como o é para a Vuitton ou Flos trabalhar com designers com quem eles querem mesmo trabalhar. Com base num respeito e interesse mútuo, ambos querem tentar, juntos, realizar algo que sozinhos não conseguem. E, quando ambas as personalidades ouvem e falam, se as fórmulas genéticas se entrelaçam, na constelação cromossómica que temos à nossa volta, se ambas trabalharem arduamente e usarem o seu talento, algo de grandioso poderá surgir, algo inesperado, algo diferente, uma coisa que nenhuma das partes conseguiria fazer sozinha. É esse o objetivo do designer, ser a sua própria fonte, o seu próprio conceito, a sua própria ideia. Fico sempre surpreendido com o facto de tantas coisas serem parecidas. Acho que é bonito se tivermos a nossa própria identidade, e isso conta para os designers e também para os clientes. Quanto mais tiverem a sua própria identidade, mais difícil, mas enriquecedor, é trabalhar em conjunto.

Onde é que encontra inspiração para criar tudo o que faz?
A inspiração é uma palavra mal utilizada por tantas pessoas na criação. Leio muitas vezes que leram um livro e ficaram inspiradas, ou viram um filme e ficaram inspiradas, ou estiveram numa viagem de barco... Portanto, basicamente, são pessoas sem nenhuma ideia até que encontram uma, que geralmente não é sua. No meu mundo, quando tinha 10 anos, via filmes em que cavaleiros lutavam contra dragões de sete cabeças, inspirados pelo seu amor por uma princesa. Isso é inspiração verdadeira. Não é alguém que se inspira em vermelho porque acabou de ver um Ferrari. E essa inspiração verdadeira é um fogo ardente dentro de mim. Há aquele tipo de conhecimento ardente de que estamos aqui por uma razão e de que a nossa vida vai fazer a diferença. Existe este problema monstruoso, e temos de atacá-lo. Não importa o tempo que vamos gastar a fazê-lo; vamos dar tudo o que temos, porque é importante e porque temos uma filosofia que defendemos, pois achamos que vai fazer do mundo um lugar melhor. Trabalhamos na nossa filosofia que, com o tempo, se torna forte e mais sofisticada, forte e digna de amor e paixão. Isso é inspiração. E isso vem de dentro. É algo que se faz com trabalho árduo e com base numa filosofia pessoal. A partido do momento em que temos uma filosofia, temos um problema, um grande desafio: como fazer com que essa filosofia funcione; como apresentar essa filosofia; como fazer com que ela fale ao mundo; como fazer com que ela seja algo que possa viver? Nesse momento, essa passa a ser a questão e, enquanto buscamos uma resposta e trabalhamos afincadamente, as respostas vêm, calmamente, de fora. Nos meus 35 anos de paixão inquebrável, eu vi o mundo mover-se.

Como é que se mantém a mente forte e concentrada, e se mantém no seu próprio caminho, quando um cliente lhe pede para fazer algo, para o satisfazer?
A minha mente está sempre focada, contudo eu não estou só no meu caminho, mas junto com o meu cliente. Ignorar esse companheirismo na caminhada é, não só parvo, como desrespeitoso. Eu adoro os meus clientes, sempre que eles contribuem com a sua sabedoria e experiência para o projeto. É minha função não usar a minha teimosia, mas sim a minha criatividade para moldar o projeto de forma a que ambos consigamos mais do que o que esperávamos.  

Como é que surgiu a ideia de criar a Moooi?
Ninguém queria fazer os meus desenhos, por isso comecei a fazê-los eu mesmo. 

E porquê o nome Moooi?
Sempre adorei o logótipo da Audi, porque é muito bonito. E aprendi com isso que seria ótimo ter um nome que é um logo. Depois, estávamos numa altura em que pensávamos que todos esses novos websites eram muito importantes e em que era, por isso, importante termos um .com que ainda pudéssemos obter. Por isso, tive de encontrar um nome que fosse um pouco invulgar, para o poder proteger bem, e que fosse visualmente tão forte que não precisássemos de um logótipo. Mas o nome tornou-se o logótipo. Portanto, não era apenas um nome linguístico, mas também um nome visual e um nome acústico. A dada altura, coloquei os três O’s numa linha, porque nunca tinha visto três O’s numa linha, e achei que ficava bem. Não é Audi, mas são três O’s. É visualmente atrativo. É linguisticamente impressionante. E depois tive de descobrir o que pôr à volta. Surgiu zooi, que significa lixo nos Países Baixos, pelo que não me pareceu uma grande ideia. Depois... mooi, significa bonito. E então pensei, porque não? Mooi com dois O’s significa bonito, por isso, com três significa... E o bom é que ninguém conhece essa palavra no estrangeiro, por isso significa mais ou menos nada, o que acho que é sempre o melhor, mas, na Holanda, é uma coisa engraçada. E, assim, tornámo-nos Moooi. É engraçado, a dada altura escrevemos Moooi, e em vez de um O, desenhei um olho, por isso Moooi ficou escrito M, e os quatro ‘olhos/I’s’! [a palavra ‘olho’ e a letra ‘I’ tem o mesmo som em inglês].

"Para surpreender o mundo, primeiro, tenho de me surpreender a mim próprios”
Blue Ming Collection
Qual é a mensagem que pretende transmitir com o conceito da marca? 
Não quero fazer grandeza, quero fazer coisas humildes. Mas vou tentar fazer coisas grandiosas. Cabe ao mundo ter uma opinião sobre isso. Como designer de produtos e interiores, digamos, acho que somos responsáveis por alimentar e gerir, da melhor forma possível, a relação entre as pessoas e o seu ambiente artificial. É essa a relação que devemos cultivar. Se não vivermos numa floresta, então vivemos num ambiente artificial durante toda a nossa vida. Penso que a relação entre nós e o ambiente artificial está, na minha opinião, lixada. E, em grande medida, isso deve-se ao design, porque criámos uma filosofia que é ridícula. Uma tradição modernista criou um contexto filosófico para o que nos rodeia, que é muito limitado, e temos de reparar isso, temos de encontrar outra forma de lidar com o que nos rodeia. Os designers devem abrir esse caminho, porque também fomos nós que abrimos o caminho do afastamento de uma relação saudável entre nós e o nosso ambiente artificial. Com o modernismo, dissemos a nós mesmos que o passado é irrelevante para o futuro. Dissemos que, se desenharmos algo, não olhamos para trás, olhamos apenas para a frente. Mas, se o passado não é relevante para o futuro, o que é que isso significa para as coisas que criamos hoje? Que amanhã elas serão irrelevantes. Estamos a deitar fora as nossas ideias todos os dias, e é isso que tem acontecido no mundo desde há muito tempo. A ligação entre nós e o que nos rodeia é, no fundo, temporária. Isso é algo contra o qual tenho lutado toda a minha vida. Começar no passado ao projetar o futuro. Tentar ter conversas com designers de todo o mundo para abraçar as antiguidades de ontem e criar, hoje, as antiguidades de amanhã. O objetivo do designer é dar o máximo de valor possível, durante o maior período de tempo, com o mínimo de energia, materiais e custos. Este é o fundamento do design. Não é isso que temos feito. Não é o que fazemos.  

Como é que inclui a sustentabilidade nas peças que fazem? 
Quando terminei a faculdade, em 1988, na Holanda, havia um grupo de criadores que se reunia sob o nome "eternamente teu” e estudava a longevidade dos produtos. Como é que os produtos podiam envelhecer com graciosidade. Era, antes de mais nada, um grupo tecnocrático de designers na universidade técnica de Delft. Trabalhámos muito com os materiais, com o consumo de energia, com a possibilidade de as coisas poderem ser reparadas ou desmontadas. Percebi todas estas coisas e aprendi muito com isso. Utilizo estes conhecimentos, mas também sabia que esta não é a minha contribuição para a indústria do design. Esta foi a parte material e técnica desta conversa, mas a minha conversa é sobre a relação. A poesia nisso, se quiser. E, claro, também posso usar a tecnologia que estavam a desenvolver, porque, no final, ocultamente, também sou um engenheiro. Mas não é isso que estou a dizer ao mundo; ao mundo, estou a dizer que sou um mágico, um poeta. Estou a fazer estas coisas malucas, não sei, essas coisas surgem do nada. Porque essa é a minha conversa. Com a minha poesia e magia, construo um modelo cultural e uma filosofia que é verdadeiramente mais sustentável. Estou a tentar mudar a relação entre nós e o mundo artificial, defendendo-o mais duradouro, mais equilibrado. Para satisfazer as exigências da sustentabilidade, com base numa perspetiva relacional, a nossa relação com o mundo. Se tivermos uma casa cheia de copos de plástico e móveis e cerâmicas descartáveis, a nossa vida torna-se uma vida descartável. Se colocarmos as nossas fotografias de família no aparador, o nosso mundo torna-se diferente. 

Como é que consegue inventar e criar peças únicas e distintas, dia após dia? 
A pergunta que faço a mim próprio, todos os dias, a todas as horas, a todos os minutos, é a questão principal da minha vida. Se for essa questão for suficientemente grande, pode encontrar muitas ligações, certo? Se for uma pergunta mais pequena, como por exemplo: como é que posso fazer uma cadeira bonita? Então, há muitas coisas da sua parte com as quais não consegue lidar, certo? O que é que se faz? Mas se a questão for: como posso mudar a relação que nós, enquanto cultura, temos com o nosso ambiente artificial? Então, há um número infinito de coisas que podemos fazer, certo? É infinito o que se pode fazer. Procure sempre o maior problema com que consegue lidar. 

Sente que, com a sua visão e com a Moooi, está a fazer a diferença? 
Penso que a Moooi está a fazer a diferença a muitos níveis. Quero dizer, se sorrirmos de manhã, quando saímos à rua e encontramos alguém, estamos a fazer a diferença, certo? Portanto, todos nós fazemos a diferença, todos os dias, todas as horas. Se sorri, eu fico feliz. Então, todos nós o fazemos, a toda a hora, e a Moooi também o faz. Poderá fazer mais? Sim. Podia fazer muito menos? Sim. Qual é o resultado da Moooi? Muitas pessoas apreciam as obras. Deixem-me pôr as coisas de outra forma, de uma forma mais interessante, penso eu. Eu sou designer. Por vezes, encontramos pessoas que não conhecem bem o design. E dizem: "Sim, sim, eu gosto, é bonito, mas é tudo tão caro”. E eu digo: "Não estão a perceber. Desculpe, não é caro, é de borla.” E elas ficam, do género: "Estamos a falar de design? O design é de graça?” Por exemplo, agora vai publicar este texto, certo? E estamos a ter esta conversa. Eu tenho os meus pensamentos que construí meticulosamente ao longo dos últimos 50 anos. Vai gastar tempo a escrever este texto. Vai colocá-lo online ou, tanto quanto eu sei, vai aparecer na vossa revista Vai haver fotografias de trabalhos que eu fiz. Tiraremos uma fotografia bonita e talvez contemos uma história bonita. As pessoas podem lê-la. Podem gostar da história. Podem gostar do sofá que vão ver. Até podem odiar esse sofá. Até podem ir a Milão e ver esse sofá, tirar uma selfie em cima dele e publicar no seu site que o detestam. Podem fazer o que quiserem; podem usá-lo para o seu cérebro; podem desligar; podem contar aos amigos; podem até dizer que ‘sou fantástico porque vi aquele sofá’. Podem fazer tudo o que quiserem com esse sofá que lhes damos de graça. Está a contar uma história sobre isso. Nós fazemos tudo e eles podem ter tudo de graça. A única coisa que não é de graça no design é a propriedade, que é a parte mais insignificante do design. Quantas pessoas é que vão comprar esse sofá? Talvez 50 por ano. Quantas pessoas vão ver esse sofá e ter uma opinião sobre ele? Talvez um milhão. Portanto, para um milhão de pessoas é de graça e, depois, 50 trocam algum dinheiro pela propriedade. Como é que o design não é de graça? A minha peça Knotted Chair foi publicada, penso que, mais de mil milhões de vezes, impressa mais de mil milhões de vezes. Fizemos, acho, 1000 no total. É isso. Muitas pessoas viram-na, inspiraram-se nela. Se comprarmos uma revista sobre design, não é porque queremos um sofá, porque queremos comprar um sofá. Não. Estamos apenas entusiasmados. Pensamos: "Ó meu Deus, isto é tão fixe! Nunca vi esta cor. Isto é interessante. Se calhar, devia investigar isto e tal”. Dá-nos ideias. Faz-nos compreender quem somos. Em quem nos vamos tornar no futuro. Porque começamos a projetar-nos dentro do mundo sobre o qual estamos a ler. E talvez tenhamos uma ideia: "Eu poderia ter uma vida melhor, se fizesse isto ou se não fizesse aquilo”. Então, tudo isso é de graça. Mas estão a queixar-se que é caro. Não, é de borla. E a Moooi está a fazer muito disso. Damos muito de graça e temos vendas suficientes para podermos continuar a fazer isso, o que é muito bonito e espero que o possamos fazer durante muito tempo, para podermos continuar a comunicar o nosso amor pelo que nos rodeia, continuamente.  

Tem muita experiência de vida e uma filosofia de vida maravilhosa. Criou muito, mas é claro que ainda tem muito para dar ao mundo, por isso quais são os seus objetivos? O que é que ainda quer mostrar ao mundo e como é que quer ser lembrado?
Duas perguntas: "o que estou a planear fazer daqui para a frente”; e a outra: "se eu morrer, o que resta desta energia ao longo do tempo neste lugar”. Respondo primeiro à segunda. Acho que tentei ser honesto e falar e comunicar sobre uma filosofia que tenta tornar-nos a todos mais felizes, num mundo que está cheio de ambientes artificiais, e fazê-lo de forma a podermos criar mais valor a partir de menos "custos” e por mais tempo. E tentei fazê-lo de todas as formas. Quer no conceito de imperfeição, ou no conceito das novas antiguidades, ou em todo o tipo de direções que encontrei, ao criar obras e diálogos e também na ligação que estabeleci com as pessoas. As pessoas no meu estúdio, os meus clientes, os meus amigos. E este é, penso eu, o meu lema de vida: "Estou aqui para criar um ambiente de amor, viver com paixão e realizar os meus sonhos mais empolgantes”. É um bocado complicado. Criei este lema quando tinha talvez 30 anos ou perto disso. Nunca mudei nada nesse lema e continua a ser o meu lema em todas as situações em que me encontro ativo. E, depois, se falamos em "criar um ambiente de amor”, que não se refira só aos objetos e espaços, mas também ao meu estúdio, à minha família, aos meus amigos, e a todos os outros grupos de que eu faço parte. É, realmente, uma filosofia de vida. É este o lema pelo qual vivo. E espero ter sido capaz de o fazer de forma que seja notável, reconhecível e inesquecível.
Maria Cruz
T. Maria Cruz
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